Passa-se na Índia essa história de um pai (Nani) e sua filha pequena (Kiara Khanna). Os dois eram grudados. Havia muito amor naquela dupla mas não era um sentimento que não educasse a menina. Havia regras e limites na casa de Mahi. E ela obedecia nos estudos, onde brilhava. Era uma boa menina.
E como é gostoso ver os abraços, beijinhos e carinhos entre os dois. Toda menina sonha com um pai assim.
Moravam numa casa espaçosa e confortável e o pai dela era um fotógrafo de moda disputado.
Pluto, um Golden Retriever, já era adulto quando a história começa. Mas ele vivia com a menina e o pai desde quando era um filhote. Seu papel no que vai acontecer é importante. Prestem atenção.
Viraj, pai solteiro, cuidava da casa e lia todas as noites uma história para Mahi. E ela perguntava sempre com quem os personagens se pareciam. Queria visualizar a história.
E por aí começa a promessa de um dia contar para a filha sobre a mãe dela. Afinal Mahi já tinha seis anos e não sabia responder quando lhe perguntavam sobre sua mãe. Era natural ela querer saber por que sua mãe tinha ido embora.
E o roteiro, que foi filmado em Mumbai, Coonoor e Goa, em belas paisagens, passa a fazer voltas ao passado, com cortes para a atualidade. E vamos descobrindo o porquê de Viraj não querer contar a Mahi sobre a mãe dela. E, sobretudo, não falar sobre o segredo da doença da filha (fibrose cística, uma doença quase sempre mortal).
Uma bela mulher aparece nessa história por causa de Pluto, que passeava com Mahi. Ele foge e vai até a mulher que, assustada, salva Mahi de ser atropelada. As duas se tornam amigas e vão esperar que o pai chegue num restaurante.
Mas por que Pluto correu para aquela mulher? Ninguém se perguntou isso naquela hora.
Entendemos o vínculo que existiu entre Viraj e Yashna (tão linda quanto simpática) no passado, por causa dos "flashbacks".
A história de um grande amor é o centro desse filme, contado de forma criativa e tocante. E a Índia é um país de cores alegres, sabores picantes e pessoas bonitas.
Claro que tem clichês mas isso não tira o brilho das performances dos atores ou da direção de Shouryuv.
Como em quase em todo filme da Índia, há canções e danças animadas. O público indiano, grande fã do cinema de seu país, gosta disso. "Oi Papai" não podia fugir à regra.
( O trailer está no meu blog: www.eleonorarosset.com.br )