Tore (William Spetz), um rapaz gay de 27 anos, mora com o pai, Bosse. Parece que ele não quer sair de casa, como é costume na Suécia. O pai insiste para que ele vá viver novas experiências. Apesar de repetir que ama o filho.
A reação de Tore, quando ouve essas palavras, é se jogar nos braços do pai, como quem quer se esconder do mundo. Ele não tem nenhuma experiência de vida. É virgem e tímido. Sua melhor amiga, que considera Bosse como um pai, concorda com os conselhos que ele dá ao filho.
Tore não sabe ainda mas vai passar por um choque terrível. O pai é atropelado na sua frente e morre. Sua amiga, que estava com ele, fica desesperada mas Tore parece fora do mundo. Foge como se nada tivesse a ver com ele.
Vai ser um luto difícil. Tore primeiro nega o que aconteceu, depois foge da realidade e em sonhos ele se mata.
A labradora, xodó do pai, procura ele pela casa e uiva deitada na cama do seu dono. Tore se irrita com tudo e decide vendê-la.
Ele não quer ouvir choro nem ver lágrimas. Não quer ser consolado, nem participar de nada que lembre a morte do pai. Procura outros rapazes por aplicativo mas não sai com ninguém. Vai à boate gay e começa a beber.
Como será que ele vai conseguir viver essa grande perda?
Os atores da série, de seis episódios curtos, são ótimos e criam um clima comovente e um suspense sobre como tudo vai acabar.
A fotografia é de cores quentes e ajuda a contar a história, aliada a uma edição no ritmo certo. Sem falar na direção sensível de Erika Calmayer.
Essa minissérie vai mexer com você.
(O trailer está no meu blog www.eleonorarosset.com.br)