Presidente deve ficar mais dois dias na UTI e uma semana no hospital
Por Adriana Dias Lopes - São Paulo
José Seripieri Filho, o Júnior, empresário dono da Amil e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi quem alertou os médicos do chefe do Executivo após perceber uma mudança no comportamento do mandatário e achá-lo "estranho". Lula estava com cefaleia (dor de cabeça) há cerca de uma semana. O quadro levou os médicos a anteciparem o exame que estava marcado para a semana seguinte.
Lula foi submetido a uma cirurgia na madrugada desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a uma hemorragia (sangramento) intracraniana. De acordo com boletim médico, o procedimento transcorreu sem intercorrências, e o presidente "encontra-se bem, em monitorização em leito de UTI". Lula já está acordado e deverá permanecer dois dias na UTI e mais uma semana no hospital.
Ainda segundo o boletim, o chefe do Executivo sentiu fortes dores de cabeça nesta segunda-feira e, após realizar o exame de ressonância magnética, na unidade do Sírio-Libanês em Brasília, foi identificado o sangramento, decorrente da queda que o presidente sofreu em outubro.
Lula foi, então, transferido para São Paulo, por volta das 22h30. A cirurgia, que teve início à 1h30, durou cerca de uma hora. O procedimento realizado foi uma craniotomia, quando se remove um pedaço do crânio para acessar o cérebro.
No caso do presidente, foi feita uma incisão no couro cabeludo, como um orifício. Através dele, os médicos passaram uma sonda que chegou até o hematoma e drenou o sangramento. A hemorragia estava localizada na região fronto parietal. Entre as cirurgias neurológicas, é uma das menos complexas.
O Globo
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