O primeiro debate entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump foi marcado por acusações de ambos os lados, como é comum em encontros tão polarizados como esse das eleições presidenciais dos EUA. O encontro aconteceu nesta terça-feira, dia 10, na Filadélfia, e foi acompanhado pela rede ABC News - organizadora do debate - e por emissoras de todo o mundo, como CNN e GloboNews no Brasil.

O confronto entre Kamala e Trump foi marcado pela postura por vezes irônica da candidata democrata, que irritou o adversário republicano desde o primeiro momento: ao entrarem no palco, ela imediatamente se dirigiu ao púlpito do oponente e o cumprimentou, deixando-o visivelmente irritado. "Prazer, Kamala Harris", disse ela. O gesto chamou a atenção de todos, uma vez que esse tipo de cordialidade nos debates norte-americanos estava em desuso desde a campanha eleitoral de 2016.

Iniciado o encontro, temas variados e explosivos como imigração, guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, aborto, saúde, emprego, crescimento da economia, foram abordados pelos dois debatedores. Kamala evitou comparações com Joe Biden, tentadas por Trump, firmando-se ela como candidata, não mais o atual mandatário da Nação. Em análise da CNN norte-americana, Kamala Harris se destacou mais e conseguiu expor as fraquezas do ex-presidente dos EUA. Ressaltou, porém, que o debate pode não influenciar os eleitores ainda indecisos.

Outra análise, do New York Times, afirmou que desde os momentos iniciais de seu primeiro debate contra Donald Trump, Kamala Harris explorou astutamente a maior fraqueza de seu oponente, o ego, afirmou o conhecido jornal que historicamente é mais alinhado aos democratas.

Uma segunda medição pública entre os candidatos não tem previsão para acontecer. O eleitor corre o risco de chegar ao pleito no dia 5 de novembro sem ter uma nova oportunidade de ouvir os dois, o que poderia ser útil para esclarecer pontos da campanha.