O cantor e humorista Juca Chaves morreu no último sábado, dia 25, aos 84 anos,, no hospital São Rafael, em Salvador. O artista, nascido no Rio de Janeiro e que morou em São Paulo e na Bahia, era conhecido como "O Menestrel do Brasil" , com mais de 60 anos de carreira e muitos sucessos.
Polêmico quando se tratava de críticas ao regime militar, à imprensa e ao próprio mercado fonográfico, Juca Chaves recebeu uma variante em seu apelido, dada pelo compositor Vinicius de Moraes, que o chamou de "Menestrel Maldito". O músico gostou da homenagem e até batizou um show com o novo nome.
Ele era casado desde 1975 com Yara Chaves, com quem vivia em Salvador, e tinha duas filhas, Maria Morena e Maria Clara. Formado em música clássica, Jurandir Czaczkes Chaves era filho de judeus austríacos e lituanos. Quando começou sua carreira profissional em 1955, na TV Tupi, em São Paulo, aportuguesou o nome para Juca Chaves.
Durante a ditadura militar que governou o Brasil a partir de 1964, ele chegou a ser exilado do país e viveu seis anos na Itália. Com extensa discografia e sobretudo a realização de muitos shows - o ponto forte de sua carreira -, ele foi o autor de sucessos como "A cúmplice", "Menina", "Que Saudade", "Por Quem Sonha Ana Maria", "Take Me Back To Piauí" e "Presidente Bossa Nova".
Enquanto morou na capital paulista, Jucas Chaves tornou-se torcedor fanático do São Paulo Futebol Clube, a quem chegou a homenagear com uma música. O corpo do cantor humorista foi cremado no domingo, dia 26, no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.