Argentina domina Brasil e impõe goleada de 4x1 no Monumental de Nuñez

A promessa de "porrada", feita por Raphinha em entrevista ao ex-jogador e senador Romário, simulou uma garra e uma determinação que há muito tempo não se veem na seleção.

Faltando pouco mais de um ano para o início da Copa do Mundo 2026, a seleção brasileira jogou com a Argentina na noite desta terça-feira, dia 25, e foi amplamente dominada pelos hermanos, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O resultado foi um vexame para o escrete canarinho, goleado por 4x1, sem mostrar reação alguma diante do forte ataque portenho.

A partida, que foi válida pela 14ª rodada das eliminatórias Sul-Americanas, sacramentou a ida do time dirigido por Lionel Scaloni para o Mundial do próximo ano. Na verdade, a equipe já tinha se garantido após o empate entre Bolívia e Equador. Agora, a Argentina tem 31 pontos e é a primeira classificada do grupo. O Brasil caiu para a quarta colocação, com 21 pontos, e segue com plenas chances de garantir uma vaga na Copa.

A garantia de ir à Copa porém não apaga o estrago visto ontem no Monumental. Desde o início do confronto, os donos da casa já se mostravam superiores. O centroavante Julian Álvarez abriu o placar com quatro minutos de jogo. Enzo Fernández ampliou aos 12" e Matheus Cunha marcou aos 26", ensaiando uma recuperação do Brasil.

Ainda no primeiro tempo, Mac Allister enterrou qualquer chance brasileira ao fazer o terceiro, aos 36". Na etapa final de jogo, o atacante Simeone completou a festa da Albiceleste ao marcar o quarto gol aos 25 minutos.



Raphinha - CRÉDITOS: RAFAEL RIBEIRO / CBF

A humilhante derrota aumenta a pressão sobre o técnico Dorival Júnior. Mesmo que se classifique, o time não demonstra conjunto e os gols têm saído por uma ou outra jogada individual de Vini Jr., Rodrygo ou Matheus Cunha. Uma performance muito distante do que anunciou Raphinha em entrevista na véspera ao ex-jogador e senador Romário, quando prometeu "porrada" em campo, simbolizando uma garra e uma determinação que há muito tempo não se veem na seleção.

Quem também será pressionado é o recém-reeleito presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que, por enquanto, banca a presença do técnico à frente da equipe. A cobrança por resultados e por um novo técnico será um desafio para a Confederação, e já está sendo feita por diretores da própria entidade, pela imprensa e pelo torcedor brasileiro.